Sábado de Aleluia...

Saturday, 26th March 2016

Tenho esse velho costume de iniciar meus escritos, indicando o horário e descrevendo o clima no momento em que me propus a sentar frente ao computador e ensaiar algumas palavras no teclado.

Enfim...

São 12h05min de um Sábado (Sábado de Aleluia), com céu nublado e nuvens carregadas ameaçando muita chuva. Apesar de não parecer um dia muito bom, a temperatura de 26ºC - pelo menos para mim -, esta perfeita!

Segundo o "The Weather Channel", a semana promete dias nublados e chuvosos...Sem choro nem vela.

É engraçado com acabamos mudando com o tempo, podem ser mudanças pequenas e quase imperceptíveis ou mudanças que são tão incisivas que chegamos mesmo a perder referências importantes de nossas origens.
Escrever sempre foi para mim um coisa instintiva, algo intrínseco no meu DNA.
Só que com o passar dos anos, acho que minhas verdades acabaram sofrendo uma espécie de "mutação".
São aquelas "mutações" que vão acontecendo enquanto trilhamos pela vida.
Trocamos prioridades

Vencendo a inércia...

Wednesday, 13th January 2016

O fato é... que de fato... ando A-B-S-U-R-D-A-M-E-N-T-E, sem inspiração!
Logo eu, que amava duas grande coisas nesta minha vida... Escrever e praticar esportes!
Nem um nem outro!
Aliás, muitos foram os amores que chegaram e que partiram, nesta trajetória inglória do meu viver.
Houve tempos de "musicar"... cantar... "instrumentar"... acreditar que teria um pé no cenário musical. 
A nova paixão chegou forte, com vontade de ficar, de enraizar. Trouxe "vida" e renovação. Me inspirou a fazer. E enquanto em mim fomentou o desejo, eu me dediquei!
Cumpri etapas... Talvez tenha até atropelado etapas, pela urgência que se inflamava em minh'alma... mas leviano nunca fui... jamais furtei-me a obstinação de galgar sistematicamente, cada um dos degraus que vinham surgindo, a medida que avançava em meus passos... e meus descompassos. Mas o mesmo tempo que "flechou" e "flertou" meu novo querer, se encarregou de provar, que paixões de verão quase nunca vingam até o inverno... E não vingou!
O fim chegou rápido... tão sorrateiramente que ao me dar conta... já era dezembro!
Me sinto estranho!... E estranhamente, vou seguindo pela estrada!
Ao derredor vejo vultos de pessoas que estiveram muito próximas e que se distanciaram pelos vínculos quebrados naturalmente, enquanto as prioridades de nossas vidas fugazes, nos propuseram caminhos bifurcados e decisões muitas vezes... muitas vezes equivocadas!
..."Longe se vai, sonhando demais... Mas onde se chega assim?"...
Me perdoem, por um momento!
Senti um nó na garganta e um aperto no meu coração!
Num "Insight", tão rápido quanto o raio que dos céus atinge a terra, eu "vi" as coisas que me foram caras, nessa vida.
Não me importo de morrer... não me importa se nada mais houver depois que as luzes se apagarem... E se já quis acreditar em vida após a morte, hoje até preferiria, que de fato, nada mais houvesse... Acho que cansei da brincadeira!
Mas enfim, palavras são palavras... As vezes, poeiras ao vento... As vezes, adagas que dilaceram almas... 
E se alguém já escreveu:  "Palavras nos fazem odiar, amar, ter sentimentos nobres ou nem tanto." -  De repente, quiça, não terei eu de engolir algumas das minhas mais amargas palavras! - Se assim o for, que assim o seja... Também já não me importa mais!
Esperarei por melhores ventos. Ventos que soprem as velas do meu barco e me levem dessa calmaria. Que tragam cheiro de vida, mas de Vida r-e-n-o-v-a-d-a... Vida r-e-g-a-l-a-d-a!
A vida pela vida em si, em barganhas de sofrimentos inúteis e esperas sem esperança, já perderam a graça - Se é que pode-se encontrar graça nisso!
Vidas amontoadas pelos quatro cantos do mundo... E gente nascendo... gente se perdendo... gente e mais gente!
Irrita-me ver e ouvir, os otimistas, os religiosos, que defendem suas bandeiras, suas cores, seus santos, suas crenças... Até que "Deus" venha a "prová-los!"
É por demais vergonhoso, presenciar o fraquejar, daqueles que minutos antes conduziam suas ovelhas, com tanta "bravura", empertigados em posturas, aplumados em arrogâncias.
A vida fere a todos! Mas nunca é sábio achar que ela fere a todos com equidade, pois assim não é!
E menos sábio ainda, é julgar o caído, por achar que nele habita o espirito do fraco,num contexto em que aquele que julga, sempre o faz por sobre o "favoritismo" momentâneo de um pedestal qualquer. 
No ruir do pedestal, aquele que de sobre ele julgava o caído, quase sempre se apressa a mendigar a urgência de seu ex-nunca falha, do seu ex-justo...
E se um dia alardeava:  "...Mil cairão ao teu lado, e dez mil a sua direita... Mas tu não serás atingindo."... Talvez precise repensar algo como: "... E se mil caírem ao meu lado, e dez mil a minha direita, e eu não for atingido, eu apenas viverei para testemunhar o pouco apreço que os deuses tem pelas vidas humanas."
E nesse sentido, a coisa mais I-M-B-E-C-I-L que tive o imenso desprazer de ouvir, foi o a declaração inflamada de um jornalista (Luiz Carlos Prates) ao dizer que "os depressivos, são covardes existenciais."... Vamos ver como ele vai acabar! Me enoja o fato de ouvir declarações dessa natureza, como se fossemos todos seres igualitariamente concebidos.  Como é possível que pessoas "afortunadas" em instrução, que atingiram posições "privilegiadas", por méritos próprios ou não, se mostrem tão incapazes de ver (muito mais do que olhar), a fortuita sina reservada a grande maioria da raça humana. Quanta soberba se instala na barriga daquele que brada tamanhas blasfêmias. "O idiota, assim como a idiotice, não é fruto da pouca instrução... Ao contrário, tanto mais IDIOTA, é a IDIOTICE, quanto mais douto é o seu autor."
E tenho dito... Zefini!